terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sistema de alimentação de energia dos Rolling Stones em Copacabana

Dia 10 de Fevereiro de 2006 fomos 15 electricistas seleccionados para fazer parte da equipa técnica do show dos Rolling Stones em Copacabana, a selecção foi feita por entidades do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitectura) do Rio de Janeiro, como o meu registo de electricista de espectáculos e de media tensão estava registado no CREA  à mais de um ano, fui também seleccionado para fazer parte da equipa.



Geradores de 1000 KVA´s para fornecer o palco principal e torres de atraso


Geradores para fornecimento de energia para o palco principal e as torres de atraso.
Com canalizações subterrâneas directa de duas bombas de combustíveis,  foi muito dificil fazer essas mesas ligações, visto que uma das bombas estava do lado interior da avenida, os trabalhadores do municipio do Rio de Janeiro, fizeram valas para atravessar a avenida, os outros restantes geradores ficaram do lado da praia, onde era muito mais facil fazer valas em areia.



 O diesel que era fornecido aos geradores era Biodiesel, foi também pensado pelo IBAMA, para uma menor poluição.
As saidas do escapes foram também direccionadas para o lado do mar, para não atrapalhar a vigilância aérea da policia, nem das filmagens aéreas das televisões.
Um consumo de cerca de  3000 L/h de diesel eram consumidos por aqueles mostro da energia.





As novas tecnologias dos novos quadros de doidos

Uma central de leitura foi instalada nas traseiras do palco ao lado do pavilhão da TV Globo, para monitorizar os geradores, os consumos de combustível, de energia, a frequência, a voltagem, as RPM, as oscilações, etc....

A mesa de controlo era formada também por um sistema de GSM para poder-mos fazer também a leitura desde a última torre de atraso, para  não exceder os consumos maximos.
6 geradores de reserva, onde a programação da mesa de controlo fazia os arranques progressivos desde o arranque do primeiro gerador até ao último gerador.
                                               
 Em caso de falha de um gerador, a mesa de controlo fazia o arranque do gerador seguinte.

Existia também um quadro de condensadores para fazer a compensação da quebra de potencial.

Exemplo: ( se o consumo de uma potência nominal para o concerto for de 6700 Amp. por fase e se o factor de demanda for de 700 Amp. , sabemos que se 2 geradores falharem, vamso ter de compensar com os condensadores uma potencia nominal de 700 Amp.
A função dos condensadores é para compensar a queda de potencial até que os seguintes geradores arranquem e tomem a posição correta de fornecimento de energia.

  As traseiras do Palco dos Rolling Stones
 Passerela para a passagem dos músicos e técnicos, que atravessava a avenida principal, e entrava directamente numa porta do 4º andar do Hotel Copacabana Palace
   (Clique na imagem para ver a ligação ao Hotel)
     
 Montagem das Regi´s de som L e R no enquadramento das torres   de atraso ou de dillay.

   7 Torres de atraso por lado, de 500 em 500 metros

   Vista das oito torres com ecrãs gigantes
    (Clique na imagem para ver entrevista de televisão brasileira)
 O palco e o equipamento de som e luz vieram num Boeing 747-400 de Porto Rico, onde a banda tocau antes de chegar ao Brasil, no dia 11 de fevereiro. A etapa sul americana também inclui o Chile e o Uruguai, o México, volta aos Estados Unidos para quatro shows e, a seguir, Ásia, Oceania e Europa.

Na atual turnê, a banda tem 13 músicos. Os Rolling Stones são Mick Jagger (voz e guitarra), Keith Richards (voz, vocal e guitarra), Ron Wood (vocal e guitarra) e Charlie Watts (bateria). No apoio estão Bernard Fowler, Lisa Fischer e Blondie Chaplin (vocais), Darryl Jones (baixo), Chuck LeavellBobby Keys (saxofone), Tim Ries (saxofone), Michael Davis (trombone) e Kent Smith (trumpete).

Teclados),Entre as exigências da banda uma mesa de bilhar no camarim e um restaurante japonês alem do restaurante Marius exclusivo, além de 5 litros de leite de soja, água Perrier, 3 galoes de água destilada, 6 garrafas de Absolut, 2 garrafas de Jack Daniel's, 5 caixas de Corona, 24 garrafas de vinho branco e 24 garrafas de tinto.
O custo da passagem dos Rolling Stones pelo Rio foi de aproximadamente R$ 10 milhões. O promotor da turnê, em parceria com duas empresas de telefonia e a Prefeitura, não deu o valor exato, mas afirmou que a parte da Prefeitura, a única divulgada, foi de R$1.684.500 - valor correspondente a 16,67% do orçamento do show.

O show, transmitido ao vivo pela Rede Globo, foi gravado para um especial da emissora e para lançamento do DVD da turnê A Bigger Bang, que também terá material da equipe de filmagem do grupo, com oito câmeras.

Assim, os Rolling Stones se juntam ao grupo canadense Rush e ao britânico Iron Maiden em lançamentos live in Rio, ao vivo no Rio de Janeiro, aproveitando a aura que a cidade e o bairro têm no exterior. O show foi aberto pelo grupo AfroReggae e pelos Titãs.

A subsecretária especial de Eventos da Prefeitura, informou que o show dos Rolling Stones teve uma operação logística semelhante à do réveillon, com a interdição do bairro para carros particulares e a mobilização de todo o aparato da prefeitura e efetivo da polícia militar.

Os técnicos da banda estiveram anteriormente no Rio e fizeram todos os estudos de viabilidade para montar na areia o gigantesco palco, que ficou localizado entre as ruas Rua Fernando Mendes e Rua Rodolfo Dantas, com 27 metros de altura por 70 de largura e 30 de profundidade. Foram colocados 16 ecrãs gigantes e nove pares de caixas de delay com uma cobertura de som e imagem por 900 metros de areia (até a altura do Hotel Le Meridien), além do megatelão da própria banda, que no show utilizou uma língua inflável de 10 metros de comprimento e 443 pontos de luz e efeitos, o palco também tinha um prolongamento móvel de 60 metros para um pequeno palco de 10m por 9m onde tocaram algumas músicas.


Uma estimativa feita por entidades federais, de cerca de 2,5 milhões de pessoas 
    (Clique na imagem para ver o vídeo de uma musica)

Restaurante com cerca de 350 lugares, imitação de uma Nau Portuguesa do ano 1478, onde todas as equipas técnicas foram almoçar e jantar durante 11 dias

   (Clique na imagem para ver o restaurante em 3D)