sábado, 9 de outubro de 2010

"Ar de Rock é um projecto de espectáculo e não de uma banda"

Fernando Cunha, ex-guitarrista e fundador dos Delfins, vai voltar aos palcos com um novo projecto.

Foi há cerca de um ano, no bar que Fernando Cunha tem em Cascais (Rock & Shots) numa festa a que chamaram ‘Os Amigos do Rock’, que contou com a maioria dos elementos que agora fazem parte do projecto. Foi uma espécie de ‘jam’ minimamente organizada, e correu tão bem que pensou em formar uma coisa mais a séria, montar um grande espectáculo com as canções emblemáticas da música portuguesa, que, no fundo, preenchesse de algum modo o vazio deixado pela Resistência e pelo Portugal a Cantar?’. E meteu na cabeça que havia de ser em 2010 e aí está o Ar de Rock. Pediu autorização ao Rui Veloso para usar o nome e ele acedeu de imediato.


Partilharam com a Resistência a concepção de super grupo, de uma banda que vai buscar elementos de vários formações e que tocam versões de temas seus e de outros. É um elo comum, assim como as canções, que é o que faz mexer tudo aquilo, o nosso património comum. Mas, a Resistência foi um desbravar terreno, nasceu numa conjuntura especial, em que havia uma postura militante dos seus elementos em fazer passar a palavra das suas canções que estavam esquecidas. Aqui não. A ideia é fazer uma celebração, com as canções e o público, fazer um grande espectáculo com uma grande qualidade em que são as canções que mandam. Com arranjos completamente distintos, alguns mais parecidos com os originais, outros em que os ‘assassinam’. É um espectáculo muito dinâmico, com momentos acústicos que podem fazer lembrar a Resistência – até porque vão incluir algumas canções – e outros bem diferentes. Uma das características do Ar de Rock é que permite variar o espectáculo e as canções também. Em Cascais, por exemplo, vão tocar mais uma ou duas dos Delfins, porque estão em Cascais, e se forem ao Porto  incluem outros, como os GNR, por exemplo.


Vão tocar 20 e tal canções e vão contar com alguns convidados, casos do Tim (Xutos), o Olavo Bilac (Santos & Pecadores), Miguel Gameiro (Pólo Norte), mais o Zé Manel (ex-Fingertips) e, excepcionalmente, um excelente naipe vocal feminino, com a Maria Leon (Ravel), e a Lara Afonso. E vão ter uma surpresa, mais um guitarrista muito bom, o Luís Arantes, que toca habitualmente com o João Pedro Pais.

Assim fica aqui mais uma informação do melhor que temos no nosso país
Não podemos deixar morrer estes talentos.

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